Por Isadora Peron e Luísa Martins

Integrantes da Polícia Federal ressaltam que soltura imediata de ex-governador não está prevista

O procurador-geral da República Augusto Aras pediu ontem para que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) reveja a sua decisão de homologar o acordo de colaboração premiada do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Aras defendeu que, caso a delação seja mantida, a medida não afete as prisões preventivas decretadas.

“(…) Advogados ouvidos pelo Valor, porém, apontam que a expetativa é que a colaboração leve à revogação das prisões preventivas decretadas. Para o criminalista Pierpaolo Bottini, quando uma pessoa decide colaborar com a Justiça, é provável que os pressupostos que a justificaram a prisão, como a intenção de atrapalhar a investigação, deixem de existir. “Objetivamente, é incompatível homologar a delação e manter uma prisão preventiva”, afirmou.

Essa também é a visão da ex-desembargadora Cecilia Mello. “Em teoria, as causas que dariam ensejo à prisão cautelar, elas terminariam de existir, com a delação”, apontou.(…)

Texto publicado originalmente no Valor Econômico.

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