As mulheres são pouco recepcionadas nos contextos de trabalho do mundo jurídico. Há pouquíssimas ministras nos tribunais superiores e desembargadoras na segunda instância. Apesar de existirem muitas advogadas, poucas delas são dirigentes ou sócias de grandes escritórios.

Quem lembra disso é a advogada Cecilia Mello, sócia do escritório Cecilia Mello Advogados e desembargadora aposentada do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Ela participou nesta semana do X Fórum Jurídico de Lisboa, em Portugal, organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).

Mello indicou que, de um modo geral, historicamente, o dever de cuidado da família é atribuído à mulher. Com tal encargo acumulado, ela não consegue trabalhar, estudar ou ascender tanto quanto os homens.

De acordo com a advogada, as mulheres têm adotado uma postura de defesa, para “tentar garantir que aquilo que já foi conquistado não seja estremecido pelos valores que o governo atual implementa”. Para ela, seria importante que as mulheres tivessem novas expectativas em vez do medo de perder o que já se conquistou.

O X Fórum Jurídico de Lisboa contou com o apoio da FGV Conhecimento, do Instituto Brasileiro da Insolvência (Ibajud), do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE) e do escritório Décio Freire Advogados.

Publicado no Consultor Jurídico.

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